quarta-feira, 5 de junho de 2013

Valorização do professor!

Muito engraçado: As pessoas só podem mudar o que acontece a seu redor, expondo sua opinião e idéias inteligentes. Outro dia, postei um artigo sobre progressão continuada numa rede social e, como é um assunto extremamente importante, fundamental para formar nossos futuros cidadãos, tive 1 visita! Isso mesmo, só uma pessoa "curtiu"... Mas vejo as curtidas em vídeos de "funk", violência e sexo aos montes!!! Na realidade, as nossas redes sociais são maneiras que temos de mudar a nossa sociedade. Através dela, podemos denunciar a corrupção, podemos cobrar os políticos, abrir os olhos dos demais, formar opinião... Todos sabemos que a alienação política e cultural é uma arma dos corruptos e poderosos, pois um povo alienado não cobra, não muda de opinião, elege sempre os mesmos!!!! Mas o voto pode mudar nosso país? Claro que sim!! Quando aprendermos que escolhemos as pessoas que fazem as nossas leis, começaremos a eleger pessoas que tenham o mínimo de cultura legal ou jurídica. Não adianta nada querermos mudar as coisas a nosso redor, se não mudarmos de atitude!!! Se as pessoas vivem em função de música ( que é bom ), sexo ( que é ótimo ) e religião ( que é fundamental ) e fecha os olhos para seu papel de CIDADÃO, continuaremos tendo mensalões ( que existem desde que existe política no Brasil ), Sarneys, Calheiros, Cunhas, Genoinos, Malufs... Teremos super faturamento em tudo, reformaremos um estádio por 1,5 bilhão ao passo que, se construíssemos um novo, gastaríamos 350 milhões!!!! E ninguém jamais fará nada, pois somos alienados, cegos, surdos e mudos pelo poder de alienação!!! Estão felizes com a jaula que a nossa sociedade está te colocando? Está feliz com maioridade penal aos 18 anos? Está feliz com progressão continuada? Está feliz com bandido solto na rua? Se está, tenho uma excelente notícia para te dar: Você está no caminho certo!! Desse jeito, as coisas caminham cada vez mais por aí!!! Quando um político vai fazer lei que possa pegá-lo??? Agora, se você está insatisfeito, faça sua parte, compartilhe!!!! Expresse sua opinião!!! Solicite a opinião de seus amigos!!! Nós, e somente nós, podemos mudar esse estado de coisas!!! Ouço políticos falando em valorizar o professor desde que era criança! Até hoje não vi nenhum filho da Pátria fazer nada por professores! Como sempre digo: Governantes incompetentes adoram eleitores ignorantes!

domingo, 2 de junho de 2013

HIRUDOTERAPIA: TRATAMENTO COM SANGUESSUGAS

Resumo: O presente trabalho acadêmico, para o primeiro módulo do curso de farmácia da ETEC Professor Makiguti, elaborado por Lucivânia Ap. S. Fernandes e Crisângela Meirelles Paes, tem por objetivo apresentar tratamentos alternativos realizados por meio de sanguessugas. O tratamento com sanguessugas é utilizado por muitas culturas e há notícias de tratamentos realizados há mais de mil anos antes de Cristo. O uso de sanguessugas também é comum em algumas culturas para fins estéticos. A seguir, nos aprofundaremos mais sobre suas indicações, quais substâncias liberadas, a origem histórica de sua prática medicinal, culturas que se utilizam desta metodologia e algumas curiosidades. Utilizamos como base de pesquisa sites da Internet, além do livro de Armênio Uzinian e Ernesto Birner, intitulado Biologia, lançado pela Editora Harbra em segunda edição de 2004 e História da Medicina na Antiguidade, de Carlos Henrique Viana de Andrade, lançado pela Editora Baraúna na sua primeira edição em 2011. Para nós, de cultura ocidental, pode parecer estranho e pouco comum, mas durante as pesquisas descobrimos informações que podem ser muito interessantes sobre o tema em questão. Palavras chave: Hirudoterapia, sanguessugas, tratamento. I. Introdução: Na apresentação do trabalho, dividiremos as informações em módulos distintos, dos quais explicaremos o que é uma sanguessuga, depois relataremos informações que denotam a origem histórica dos tratamentos com sanguessugas e quais as substâncias liberadas por elas e as regiões que utilizam esse tipo de tratamento. O tratamento com sanguessugas, também chamado de Hirudoterapia, é muito usado por algumas culturas para tratamentos de pressão arterial, acidente vascular cerebral, problemas de circulação sanguínea, redução de inflamações localizadas ( inclusive ortopédicas ), tratamentos de beleza e, conforme veremos a seguir, já foi usado por povos antigos até mesmo para redução de peso. II. O que são sanguessugas? Segundo Uzunian e Birner, através de informações contidas na página 390 da obra Biologia, segunda edição, as Sanguessugas pertencem à classe dos hirudíneos e são encontradas no mar, em água doce e em meio terrestre, nos locais úmidos. As Sanguessugas são anelídeos, possuem corpo segmentado, um clitelo, que é uma estrutura reprodutiva presente nos oligoguetas ( é uma subclasse de animais que possuem o corpo constituído de segmentos que lembram anéis ) que forma frequentemente uma cintura evidente ao redor do corpo. O casulo onde são depositados os óvulos é formado por glândulas presentes no clitelo, além do muco para a cópula. O Clitelo é a junção dos anéis que separam os gametas femininos dos masculinos. Por contrações do corpo, o anel é empurrado para a zona anterior, passando pelas aberturas sexuais femininas, que libertam os óvulos e pelas aberturas dos receptáculos seminais, que liberam os espermatozoides. Sanguessugas não tem cabeça desenvolvida, são hermafroditas que se alimentam de sangue de outros animais e sua reprodução é sexuada. Seu corpo é levemente achatado dorsiventralmente. Possuem ventosas fixadoras, que funcionam como “desentupidores de pia” e se localizam nas duas extremidades do corpo. A da região anterior abriga a boca e possui alguns dentículos raspadores. A da extremidade posterior não abriga o ânus, que abre dorsalmente, antes do local em que está a ventosa. A existência de ventosas relaciona-se às duas características adaptativas desses animais: o parasitismo e a locomoção. A maioria das sanguessugas, como o nome deixa claro, atua como ectoparasita de outros animais. Quanto à locomoção, ela se dá com a utilização das duas ventosas alternadamente, em um mecanismo conhecido por “medepalmos”. ( Uzunian e Birner, 2004, p. 390 ). Na natureza existem mais de 400 espécies de sanguessugas. Para fins medicinais é utilizada apenas uma espécie: Sanguessuga medicinal e suas subespécies: “Hirudina officinalis” e “Hirudina medicinalis”. Estas espécies de sanguessugas são conhecidas desde os tempos antigos e servem lealmente muitas gerações de pessoas. Infelizmente, na maioria da população a noção “sanguessuga” ainda provoca uma reação muito negativa, mas é uma criatura muito interessante e útil para o homem (http://hirudoterapia.jimdo.com/). III – História e utilização: Existem algumas controvérsias quanto ao início dos tratamentos com sanguessugas. Segundo informações contidas no site (http://www.hirudoterapia.es/historia.php), a extração de sangue por intermédio de sanguessugas é mencionado pelos médicos da Roma Antiga (Galen) e pela medicina oriental (Ibn Sina, Avicena). No entanto, a primeira menção da aplicação de sanguessugas data de três mil anos, mediante indícios encontrados na tumba de um faraó egípcio da dinastia XVIII (1567-1308 aC). Algumas estórias dizem que Cleópatra engravidou após um tratamento com Sanguessugas. Na Europa, as primeiras descrições de tratamento com sanguessugas aparecem nas obras do poeta e médico grego Nicandro de Cólofon (século II dC). Existem também evidências de que a terapia foi usada muitas vezes para a perda de peso. Boticelli teria usado sanguessugas para melhorar a voz. O uso curativo de sanguessugas era tão confiável e bem sucedido entre o final do século XVIII e início do século XIX. Os Estados Unidos exportaram para a Europa Ocidental, principalmente na França, entre 80 e 100 milhões de sanguessugas por ano. A Hungria também foi um importante exportador de sanguessugas. Mais tarde, o uso da terapia foi substituído pelo método de flebotomia (incisão na veia). ( Andrade, 2012, p 23 ). A aplicação de sanguessugas teve seu uso terapêutico considerado como vantajoso apenas por monges e foi muitas vezes citado como charlatanismo. Durante a segunda metade do século XIX e início do século XX mudou-se gradualmente a visão de Tratamento com sanguessuga ( Hirudoterapia ). Médicos tradicionais passaram a alegar que a terapia, no caso de algumas doenças, traz benefícios claros, sem efeitos adversos. No entanto, alguns representantes da medicina moderna são contra Tratamento com sanguessugas, vendo-os com bastante desconfiança e preferindo a terapia medicamentosa, independentemente da eficácia de drogas usuais. A prestigiada revista American “Journal of Nursing”, em 2009, observou que a hirudoterapia está experimentando seu renascimento, especialmente no tratamento de pacientes após cirurgias plásticas e transplantes, bem como em microcirurgias. Para alguns especialistas, seu efeito é insubstituível em casos de dissolução de coágulo e eliminação da obstrução venosa nas áreas de coagulação do sangue. O governo dos EUA, em 2004, validou a aplicação de sanguessugas como um método de tratamento médico aceitável. Os hirudoterapeutas frequentemente deixam as sanguessugas “selecionar” o ponto em que devem ser aplicadas, geralmente as sanguessugas não se enganam. Então, no corpo de um paciente, num ponto desejado aplicam-se as sanguessugas, geralmente entre duas e sete a cada sessão. Antes da primeira sessão os pacientes, em geral, têm medo de “mordida da sanguessuga”. Na verdade, esta assemelha-se a uma picada de mosquito, e certamente é muito menos dolorosa do que uma injeção convencional por seringa. A sanguessuga morde a pele num ponto biologicamente ativo e, gradualmente, introduz no sangue do paciente as glândulas salivares. Quando os medicamentos são injetáveis, são mais ou menos uniformemente distribuídos por todo o corpo, no caso as sanguessugas o efeito concentra-se só na zona afetada. Uma vez que a secreção salival é injetada no sangue do paciente, a sanguessuga descarrega o fluxo sanguíneo, sugando o sangue. A perda de sangue durante uma sessão é baixa, não mais de 15 ml. A mesma quantidade um paciente perde durante as próximas horas até o sangramento parar. O escorrimento de sangue do local da picada pode durar até 15 horas após o procedimento, mas em pequenas quantidades e não deve ser interrompido. Nota-se uma pequena perda de sangue e linfa, eliminando o edema e colocando em funcionamento os processos imunológicos do organismo. Uma sessão de Hirudoterapia dura normalmente cerca de uma hora. As sanguessugas determinam quando podem terminar o “trabalho” e saem do local da picada. A duração do tratamento com sanguessugas é acompanhada por um médico-hirudoterapeuta que prescreve a aplicação de paciente para paciente. Em média, é necessário entre 7 e 10 sessões, aplicadas de 1 a 3 vezes por semana. Hirudoterapia pode ser usada como um método de tratamento independente. Pode ser combinada com os métodos de naturopatia, mas na maioria das vezes com a fitoterapia. Segundo os Hirudoterapeutas, bons resultados foram obtidos com uma combinação de Hirudoterapia com homeopatia e fisioterapia, devendo o paciente ter a devida orientação médica para determinar a posologia (dosagem/aplicação) correta. IV - Substâncias liberadas: Ao aderir a seu hospedeiro, afinal de contas, a sanguessuga é um parasita que se alimenta do sangue de outros animais, ela libera algumas substâncias que são responsáveis pela anestesia da “mordida” e anticoagulação do sangue. Desta maneira fica fácil entender a razão da “mordida” da sanguessuga não causar dor e haver sangramento após a retirada do parasita por horas até. O parasita deve ser destruído após o tratamento. Tais substâncias, enzimas, são normalmente divididas em três grandes grupos, sendo que o primeiro grupo tem atuação anti-inflamatória, bacterioestático e imunoestimulador, pois as substâncias expelidas pela sanguessuga atuam diretamente no sistema imunológico humano. O segundo grupo é formado por enzimas que atuam na parede dos vasos sanguiíneos, com efeito anti-aterosclerótico e como anti-isquêmico ( isquemia é a falta de suprimento sanguíneo para um tecido orgânico ). O terceiro grupo é formado também por enzimas responsáveis pela melhoria da circulação sanguínea, com efeito hipotensivo ( redução da pressão arterial ) e acelerador de fluxo linfático. Pode ser usado em processos pós operatórios, pós amputações, cicatrizantes, etc. ( Uzunian e Birner, 2004, p. 391). V – Regiões que utilizam o tratamento: Na antiguidade, esse tratamento era usado para retirada de sangue do corpo, as chamadas sangrias, usadas pelos Egípicios, Gregos, Romanos e Sírios. A sangria, acreditava-se, poderia curar desde dores locais até mesmo processos inflamatórios mais intensos, como a “gota”, nefrite, tumores, distúrbios mentais etc. Atualmente, as culturas orientais utilizam-se desta terapia, muito comum na Índia, China, Egito, Alguns países da Europa ( em menor escala, onde são consideradas alternativas ), Estados Unidos ( com aplicação mais voltada para fins estéticos ). http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,sanguessugas-sao-usados-em-terapia-na-india,160926,0.htm VI – Anexos: Imagens relacionadas a Tratamentos com sanguessugas. VI – Referências : UNIZIAN, A. ; BIRNER, E. Biologia, 2 ed. São Paulo, Habra, 2004. 390 e 391 p. ANDRADE, C.H.V.; História da Medicina na Antiguidade, 1 ed. São Paulo, Baraúna, 2012. 23 p. Artigo: O Estado de São Paulo, 2008, acesso em 30 mai. 2013. Disponível em http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,sanguessugas-sao-usados-em-terapia-na-india,160926,0.htm Site: Hirudoterapia – Terapia com sanguessugas, s.d. acesso em 30 mai. 2013. Disponível em http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,sanguessugas-sao-usados-em-terapia-na-india,160926,0.htm